O nosso parceiro Luis Oliveira ( Ótima – Estratégia e Gestão) publicou um artigo na Revista Banas ( maio de 2018) no qual discute a importância e abrangência da Gestão Estratégica nas Organizações. Gestão Estratégica seria: ” ter todos os funcionários engajados e participando ativamente nas iniciativas de melhoria dos processos, produtos e serviços, visando alcançar as metas e objetivos estratégicos da organização”. Para garanti-la, seria necessário consolidar alguns fundamentos:
A nossa experiência com Empresas Familiares e projetos em comum aponta alguns dos mais importantes desafios nessa trajetória. Muitas vezes a Empresa Familiar conta com um sólido conhecimento e domínio da sua gestão . Ocorre que isso se dá de modo Personalizado. Ou seja, dependente de pessoas -chave. E, muitas vezes, esse modelo tem êxito em certo sentido: baseado nele a empresa sobreviveu e cresceu. É nesse sentido que defendemos em nossos Projetos uma intervenção pautada no que a Escola de Tavistock apresenta como ” Psicodinâmica e Sistemas” – ou seja em viés bifocal. A contribuição técnica dirigida ao ” hard” da Organização sucumbe se não é acompanhada de um trabalho maciço na dimensão ” soft” . A Gestão Estratégica dotada dos fundamentos acima elencados não envolve apenas ” fazer” algo. Representa muitas vezes para o ator da Família Empresária ” ser” outro, ” ser” outra. Uma transformação Cultural leva tempo – requer uma aposta no sentido de transformar ” o que sempre foi assim” em outra coisa. É essa a exigência que toda Empresa Familiar bem -sucedida enfrenta : o fato de que esteja viva e saudável indica que um cenário de maiores complexidades a espera ( em muitos eixos – do ponto de vista da governança, das pressões do mercado; etc. ).
Nosso parceiro, no referido artigo grifa também o seguinte: “O grande desafio para o sucesso desta gestão sistêmica é transformar o Plano Estratégico em responsabilidade e tarefa de todos. Para tanto, será fundamental estruturar uma sistemática clara e bem definida para o desdobramento das estratégias, objetivos e metas junto a todos os níveis da organização. Esta “tradução” requer uma importante competência dos gestores, uma vez que este desdobramento deve ser feito em linguagem direta e compreensível para cada nível hierárquico da organização”.
Transformar o Plano Estratégico em responsabilidade e tarefa de todos. Não é missão simples. Na nossa experiência também é necessário um árduo trabalho de convencimento e investimento com as pessoas, equipes, lideranças . O papel da Direção enquanto guardiã dessa mensagem é fundamental. ” Sou uma gerente de confiança , de 10 anos na empresa, “pau para toda obra” e agora, do nada vem a cobrança de medições e mais medições – relatórios e mais relatórios ? “. É evidente que resistências virão à tona. Que não há culpados, algozes nem vítimas . Há um sistema em transformação – do qual todos participam e são responsáveis em uma extensão ou outra. Há um sistema que precisa acomodar e compreender o sentido e pertinência de uma nova maneira de viver e trabalhar ( “medir porque é importante medir” sem uma articulação com o porquê dessa escolha e a qual propósito responde pode ser um grande desperdício, por exemplo) . A Gestão Estratégica em uma Empresa Familiar é uma Obra de Arte . Deve ser conduzida com sabedoria, paciência, disciplina e método. Insistimos: consultorias são bem-vindas mas o alcance de sua contribuição depende , em larga medida, da Direção apropriada do sentido do caminho empreendido .
Héctor Lisondo
O Instituto Lisondo é uma Consultoria Boutique fundada em 1998 com o propósito de promover o desenvolvimento de pessoas e empresas através de propostas customizadas e bifocais (aspectos técnicos e humanos simultaneamente abordados).
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